FCecon oferta novo protocolo para tratamento de câncer de mama metastático
Pacientes com câncer de mama metastático em
tratamento paliativo contam com um novo protocolo terapêutico, o qual é
oferecido pelo serviço de Oncologia Clínica da Fundação Centro de Controle de
Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon). O novo tratamento passou a ser
oferecido na segunda quinzena de agosto e consiste na inclusão do medicamento
Pertuzumabe associado ao Trastuzumabe.
Na unidade hospitalar, órgão vinculado à
Secretaria de Estado de Saúde (Susam), ao todo, 154 mulheres serão beneficiadas
com o novo tratamento, também chamado de duplo bloqueio. A inclusão do
Pertuzumabe associado ao Trastuzumabe pode aumentar a sobrevida dos pacientes
com câncer de mama metastático em quase cinco anos, assim, evitando a morte
precoce de milhares de mulheres.
O Pertuzumabe foi incorporado pelo Ministério
da Saúde (MS), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), no dia 4 de dezembro
de 2017, por meio da Portaria nº 57. O documento atualizava as diretrizes
diagnósticas e terapêuticas, estabelecendo o medicamento para tratamento em
primeira linha de pacientes com câncer de mama HER2-positivo metastático, ou
localmente recorrente não ressecável, que não tenham recebido tratamento prévio
para doença metastática.
Conforme a gerente do serviço de Oncologia
Clínica da FCecon, Poliana Albuquerque Signorini, a incorporação do Pertuzumabe
em associação ao Trastuzumabe e a quimioterápicos é um avanço transformador de
vidas. Segundo ela, a iniciativa revela a disposição do MS em melhorar o
atendimento das pacientes tratadas no SUS, proporcionando um tratamento eficaz
e atual às mulheres brasileiras com câncer de mama.
Proteína
HER2 – Alguns cânceres de mama,
explica a médica especialista, apresentam níveis mais altos de uma proteína
chamada HER2, que é capaz de promover o crescimento das células mamárias. Ela
pontua que esses cânceres, denominados HER2-positivo, tendem a crescer e se
disseminar mais rapidamente do que outros tipos de câncer de mama e, assim,
devem ser tratados com medicamentos específicos que têm como alvo a proteína
HER2, como no uso desses dois medicamentos.
Economia
– A disponibilização dos medicamentos pelo MS
vai possibilitar a economia de R$ 1.749.680,00 pela Fundação Cecon, pontua o
gerente do serviço de Farmácia, farmacêutico Kácio Felipe Silva Souza. Segundo
ele, com os processos de quebra de patentes e a possibilidade de futura
produção desses medicamentos por laboratórios públicos nacionais, o tratamento
com o duplo bloqueio se torna ainda mais acessível às pacientes.
“Do ponto de vista da assistência
farmacêutica, a aquisição centralizada desses medicamentos de alto custo pelo
Ministério da Saúde reduz as despesas das unidades de saúde, que são
responsáveis pelo tratamento dos casos de câncer nos estados. Com isso, temos
maior possibilidade de oferta de novos tratamentos, aumento no número de
pacientes atendidos em função da redução das despesas”, pontua Kácio Souza.
Fonte: CECON
Foto: Divulgação
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