Parlamentares do Amazonas fecham questão: ZFM é inegociável

No rasante de poucas horas em terras manauaras, o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, reservou a maior parte do tempo a articulações políticas visando a sua reeleição. Mas, nas conversas com a bancada do Amazonas no Congresso Nacional, Maia ouviu em tom eloquente e unânime: é inegociável qualquer mexida que resulte na redução das isenções fiscais do modelo ZFM.
Presente ao encontro com Maia, o deputado federal eleito Marcelo Ramos (PR) é um dos que defendem a diversificação da matriz econômica da Zona Franca, mas afirmam que essa transição deve ser gradual, e não pode implicar a retirada dos atuais incentivos para o início de um processo de diversificação.
Fim do PPB (Processo Produtivo Básico) para Indústria Amazônica - "Temos de manter o que se tem porque é daí, da pujança do modelo atual, que buscaremos as condições para abrir novos caminhos de expansão da nossa indústria”, disse. A título de contribuição, Marcelo Ramos apresentou a Rodrigo Maia as linhas gerais do projeto de lei da Indústria Amazônica, a sua primeira proposição na Câmara Federal, que contempla as indústrias tradicionais e abre caminho para a bioindústria.
“A ideia é acabar com a exigência de PPB para indústrias que beneficiem produtos que tenham preponderância de matéria-prima regional”, informou Ramos, acrescentando que pediu apoio de Maia para a aprovação do projeto de lei.   
Marcelo Ramos refuta a tese de que nos seus 50 anos, a Zona Franca não deixou nada para a capital e o interior do estado. “Esse é o argumento dos inimigos do nosso modelo. Na verdade, se hoje a situação fiscal do Amazonas é mais equilibrada em relação à média do país, é por conta das indústrias que geram riqueza em nosso estado”, lembrou o parlamentar, que já declarou o voto em favor da reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ).

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