Enquanto Trump repudia protestos, Biden ressaltará segurança de escola
Trump acusa democratas de fomentarem os protestos violentos
O candidato democrata à Presidência dos
Estados Unidos, Joe Biden, tentará redirecionar o foco da corrida eleitoral
para o novo coronavírus e a maneira como o presidente Donald Trump, que busca a
reeleição, lida com a pandemia durante um evento de campanha sobre a reabertura
segura das escolas nesta quarta-feira (3).
A crise de saúde, que já matou mais de 184 mil
norte-americanos, foi ofuscada nos últimos dias por tumultos civis em Portland,
no Oregon, e Kenosha, no Wisconsin, onde policiais balearam Jacob Blake nas
costas na semana passada, desencadeando protestos.
Biden e o republicano Trump defendem
argumentos conflitantes no debate sobre qual candidato consegue manter o país
em segurança. Trump visitou Kenosha na terça-feira (2) e acusou democratas de
fomentarem os protestos às vezes violentos contra a injustiça racial e a
brutalidade policial, que abalam a nação há meses desde a morte do negro George
Floyd sob custódia da polícia de Mineápolis.
Mas agora que milhões de alunos dos ensinos
primário e secundário de todo o país iniciam um novo ano letivo, seja virtual
ou presencialmente, a campanha de Biden planeja realizar uma entrevista
coletiva com especialistas médicos na cidade de Wilmington, no Delaware, onde
mora, nesta quarta-feira (3), delineando como as escolas podem reabrir correndo
o mínimo de risco.
Reabrir as escolas em meio à pandemia também é
uma das maiores prioridades de Trump, mas a equipe de Biden insiste que ele a
pleiteia de forma irresponsável. "Ele não está ouvindo especialistas ou
cientistas", disse Symone Sanders, uma conselheira de Biden. "Ele
está seguindo em frente e tentando reabrir escolas porque acha que ajudará com
sua reeleição."
Biden pediu ao Congresso que autorize mais
financiamento para auxiliar distritos escolares estaduais e municipais com
dificuldades para proporcionar serviços a estudantes em meio à retração
econômica.
Nesta quarta-feira, Trump viajará à Carolina
do Norte - que, assim como o Wisconsin, é um Estado chave na eleição
presidencial - e falará durante a comemoração do 75º aniversário do fim da
Segunda Guerra Mundial.
Fonte: Agencia Brasil
Foto: Jonathan Ernest
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