Unidade de Conservação gerenciada pela Sema se tornou atrativo turístico pela proximidade da natureza e de espécies nativas da região
No meio da floresta, uma das formações geológicas mais antigas do flanco norte da Amazônia brasileira surge como um paraíso para a prática do ecoturismo. A Área de Proteção Ambiental (APA) Caverna do Maroaga, localizada no município de Presidente Figueiredo (distante 117 quilômetros de Manaus), abriga uma área de 374.700 hectares de um conjunto de cavernas, grutas e cachoeiras, que formam uma das mais belas paisagens do Amazonas.
A APA é uma das 42 Unidades de Conservação (UC) gerenciadas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema). Devido ao fácil acesso pela capital, o lugar se tornou um atrativo turístico bastante procurado para ficar perto da natureza e de espécies nativas da região.
Quem for se aventurar na APA poderá conhecer, por exemplo, a Caverna do Maroaga e a Gruta da Judeia, localizadas no Km 06 da margem direita da estrada de Balbina (AM-240). O complexo de cavernas de formação arenítica, onde se localiza a Caverna Refúgio do Maroaga, é um dos atributos mais relevantes da região.
“A APA se tornou um dos destinos para a prática de ecoturismo ou para quem deseja ficar perto da natureza. Recentemente, descobrimos que a APA abriga também alguns traços de pinturas rupestres. É um atrativo fora a parte! Todos podem vir visitar o lugar, pois é perto de Manaus e de fácil acesso para os turistas”, destacou o gestor da APA Caverna do Maroaga, Jaime Gomes.
Entre as aves, destaca-se o belíssimo galo-da-serra, encontrado próximo aos paredões rochosos das cavernas e que tem atraído visitantes em busca da atividade ecoturística de birdwatching (observação de pássaros).
Para visitar a Caverna do Maroaga e a Gruta da Judeia é necessária a presença de um guia. Para chegar à caverna, os visitantes fazem trilha de cerca de 600 metros em meio à floresta. A entrada para grupos de até cinco pessoas custa em média R$ 100. Para grupos maiores, o valor cobrado individualmente é de R$ 20 por visitante. O número máximo de pessoas que um guia pode acompanhar é 10 visitantes por vez.
Os atrativos estão divididos em cachoeiras, grutas, cavernas, corredeiras e demais formações rochosas. Ao todo, 70% das atrações encontram-se no entorno da AM-240, inseridos na unidade geológica do grupo trombetas, que apresenta feições de relevos mais intensificadas do que nas outras unidades geológicas presentes na UC. Os outros 30% estão presentes em uma faixa ao longo da BR-174, no Km 100.
Entre os atributos naturais turísticos, 57% são cachoeiras, e 10% são corredeiras, correspondendo às áreas mais atrativas na Unidade. Essas áreas possuem um conjunto de recursos naturais no seu entorno, como florestas e sua fauna, propiciando ambientes com um leque amplo de opções para o desenvolvimento de atividades de lazer, aliadas à sensibilização e interpretação ambiental.
A APA Caverna do Maroaga possui, ao todo, 47 atrativos turísticos, com destaque para grutas, cavernas e rochas expostas. Do total, são de uso turístico:
• Caverna do Maroaga (AM-240, Km 06)
• Gruta da Judeia (AM-240, Km 06)
• Cachoeira Santuário (AM-240, Km 12)
• Cachoeira dos Pássaros (AM-240, Km 13)
• Cachoeira da Porteira (AM-240, Km 13)
• Cachoeira da Maroca (AM-240, Km 13)
• Corredeira Sossego da Pantera (AM-240, Km 20)
• Cachoeira da Neblina (AM-240, Km 51)
• Corredeira da Neblina (AM-240, Km 51)
• Cachoeira da Pedra Furada (AM-240, Km 57)
• Cachoeira Santo do Ypi (AM-240, Km 57)
• Cachoeira das Quatro Quedas (BR-174, Km 107)
• Cachoeira das Orquídeas (BR-174, Km 107)
• Cachoeira/Corredeira das Lages 2 (BR-174, Km 112)
• Cachoeira do Castanhal (da loira) (BR-174, Km 134)
Em outras áreas às quais o acesso é restrito, a entrada é realizada somente com a autorização do proprietário, que pode, ou não, cobrar valores monetários para permitir o usufruto dos atributos presentes em sua propriedade.
Refúgio indígena – A APA Caverna do Maroaga foi assim denominada por referência ao atributo natural mais conhecido da área, a caverna Refúgio do Maruaga. Os guias locais contam ser o nome uma referência a um índio guerreiro, da tribo Waimiri-Atroari, que teria utilizado o local como refúgio nas décadas de 1960 e 1970, durante o período de construção da rodovia BR-174. “Maruaga”, na língua indígena, seria um título dado aos chefes das tribos.
FOTOS: Pedro Rocha Moraes
Tags
turismo