Pequim, 6 dez 2019 (AFP) - Robin, uma jovem chinesa, passa horas conversando com seu "namorado", que sempre está disposto a escutar seus problemas, contanto que ela o pague.
A estudante de 19 anos já gastou mais de 1.000 iuanes (150 dólares) conversando com "namorados virtuais".
Não se trata de simples conversas sobre sexo on-line. Os homens cobram por estas conversas amistosas para manter relações amorosas na internet, que podem ir desde ligações até longas trocas de mensagens de texto e vídeo.
"Se alguém está disposto a me acompanhar e falar, estou disposta a gastar o dinheiro", diz Robin, que prefere não dar seu nome verdadeiro.
A opção por esse tipo de intimidade paga ganhou popularidade entre as jovens de classe média na China, que costumam se concentrar mais em suas carreiras e não têm planos imediatos de se casar ou formar uma família.
Este comércio de amigos virtuais e de casais pode ser encontrado no aplicativo de mensagens chinês WeChat ou em portais de e-commerce, como Taobao.
Vários desses companheiros virtuais disseram à AFP que a maioria de seus clientes são mulheres solteiras na casa dos 20 anos com renda alta.
Durante o dia, o jovem Zhuansun Xu de 22 anos trabalha como vendedor em Pequim. À noite, conversa com clientes que pagam para que ele seja seu "namorado".
As garotas se aproximam de Zhuansun com diferentes necessidades - algumas querem a opinião de um amigo, outras têm requerimentos mais românticos.
"Quando interagimos, digo a mim mesmo que sou realmente seu namorado e penso em como posso tratá-la bem", conta à AFP. "Mas uma vez que terminamos, paro de pensar nisso".
Satisfação emocional
No Fórum Econômico Mundial de 2018, um informe situou a China no posto 103 de 149 países em termos de desigualdades entre homens e mulheres.
No entanto, o índice sobe para 86 se for levada em conta a participação econômica e as oportunidades.
Na China, à medida que sua situação econômica melhora, menos mulheres se casam.
A taxa de casamentos na China por ano foi caindo nos últimos cinco anos. No ano passado era de 7,2 por 1.000 pessoas, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas.
Uma vez que suas necessidades básicas estão garantidas, mais mulheres buscam satisfazer suas necessidades "emocionais e de autorrealização", diz Lake.
Embora materialmente estejam muito melhor, a vida de muitas mulheres na cidade é de "isolamento", diz Tan.
A maioria passou sua juventude estudando para as exigentes provas de acesso à universidade, o que as impediu de desenvolver relações fora do colégio.
Por isso comprar companheiros virtuais é "sua oportunidade de experimentar com o amor e as relações", diz.
Para Robin e Lisa, os companheiros virtuais são atrativos porque são relações práticas.
"Se eu tenho um estresse psicológico sério, isso pode fazer algumas pessoas pensarem que eu estou sendo exigente", disse Robin. "Mas como estou dando dinheiro (aos companheiros virtuais), eles precisam me tranquilizar."
Fonte : https://flip.it/a0VeT6
A estudante de 19 anos já gastou mais de 1.000 iuanes (150 dólares) conversando com "namorados virtuais".
Não se trata de simples conversas sobre sexo on-line. Os homens cobram por estas conversas amistosas para manter relações amorosas na internet, que podem ir desde ligações até longas trocas de mensagens de texto e vídeo.
"Se alguém está disposto a me acompanhar e falar, estou disposta a gastar o dinheiro", diz Robin, que prefere não dar seu nome verdadeiro.
A opção por esse tipo de intimidade paga ganhou popularidade entre as jovens de classe média na China, que costumam se concentrar mais em suas carreiras e não têm planos imediatos de se casar ou formar uma família.
Este comércio de amigos virtuais e de casais pode ser encontrado no aplicativo de mensagens chinês WeChat ou em portais de e-commerce, como Taobao.
Vários desses companheiros virtuais disseram à AFP que a maioria de seus clientes são mulheres solteiras na casa dos 20 anos com renda alta.
Durante o dia, o jovem Zhuansun Xu de 22 anos trabalha como vendedor em Pequim. À noite, conversa com clientes que pagam para que ele seja seu "namorado".
As garotas se aproximam de Zhuansun com diferentes necessidades - algumas querem a opinião de um amigo, outras têm requerimentos mais românticos.
"Quando interagimos, digo a mim mesmo que sou realmente seu namorado e penso em como posso tratá-la bem", conta à AFP. "Mas uma vez que terminamos, paro de pensar nisso".
Satisfação emocional
No Fórum Econômico Mundial de 2018, um informe situou a China no posto 103 de 149 países em termos de desigualdades entre homens e mulheres.
No entanto, o índice sobe para 86 se for levada em conta a participação econômica e as oportunidades.
Na China, à medida que sua situação econômica melhora, menos mulheres se casam.
A taxa de casamentos na China por ano foi caindo nos últimos cinco anos. No ano passado era de 7,2 por 1.000 pessoas, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas.
Uma vez que suas necessidades básicas estão garantidas, mais mulheres buscam satisfazer suas necessidades "emocionais e de autorrealização", diz Lake.
Embora materialmente estejam muito melhor, a vida de muitas mulheres na cidade é de "isolamento", diz Tan.
A maioria passou sua juventude estudando para as exigentes provas de acesso à universidade, o que as impediu de desenvolver relações fora do colégio.
Por isso comprar companheiros virtuais é "sua oportunidade de experimentar com o amor e as relações", diz.
Para Robin e Lisa, os companheiros virtuais são atrativos porque são relações práticas.
"Se eu tenho um estresse psicológico sério, isso pode fazer algumas pessoas pensarem que eu estou sendo exigente", disse Robin. "Mas como estou dando dinheiro (aos companheiros virtuais), eles precisam me tranquilizar."
Fonte : https://flip.it/a0VeT6
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