Prefeitura de Manaus reforça combate ao Aedes aegypti com autorização judicial para acessar imóveis fechados


 A Prefeitura de Manaus deu início ao novo mandato do prefeito David Almeida com o lançamento de um plano estratégico para intensificar o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (2), o prefeito assinou o primeiro decreto da gestão, que mobiliza diversas secretarias municipais em ações integradas de prevenção e controle.


Entre as medidas anunciadas está a autorização judicial, válida por um ano, que permite a entrada de agentes de saúde em imóveis fechados, abandonados ou com acesso negado pelos proprietários. A iniciativa atende à solicitação da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) para eliminar possíveis criadouros do mosquito em bairros com índices críticos de infestação.


“Estamos somando forças entre as secretarias para enfrentar o Aedes aegypti, mas precisamos da colaboração da população. A maior parte dos focos está dentro das casas, e cada morador tem um papel crucial na eliminação de criadouros. Com a chegada do período de chuvas, o risco aumenta, e a prevenção é nossa principal arma para evitar surtos”, afirmou o prefeito David Almeida.


Plano estratégico


O decreto integra secretarias como a Semsa, Semulsp, Semed e o Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) em ações que incluem fiscalização, orientação e campanhas educativas. A meta é alcançar todos os bairros de Manaus, com foco nos 11 locais classificados como de alta vulnerabilidade no último Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa).


A secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, destacou a importância da conscientização. “Nosso objetivo não é apenas fiscalizar, mas também educar. Verificar locais que acumulam água, como plantas, calhas e recipientes, é uma responsabilidade de todos. Orientar vizinhos e agir em comunidade são passos essenciais para prevenir as doenças”, explicou Shádia.


Autorização judicial


A autorização judicial foi concedida no dia 28 de dezembro pelo juiz Marcelo Manuel da Costa Vieira, com base na Lei Federal 13.301/2016. A medida visa intensificar os trabalhos preventivos em bairros como Tarumã, Redenção e São Jorge, considerados os mais críticos.


De acordo com dados de 2024, Manaus registrou 10.600 notificações de dengue, com 2.636 casos confirmados e dois óbitos, além de ocorrências de chikungunya e zika. O índice de infestação predial da cidade é de 1,8%, classificado como médio risco, mas a presença de bairros vulneráveis acendeu o alerta para o período chuvoso, que se estende até maio.


Engajamento da população


O prefeito reforçou a necessidade de participação popular nas ações de combate. “Já visitamos milhares de residências e encontramos situações preocupantes, como baldes com água parada e pneus descartados. Esse esforço conjunto entre poder público e comunidade é fundamental para evitarmos um surto de doenças em Manaus”, destacou David Almeida.


Com as novas medidas e a união de esforços, a Prefeitura de Manaus busca reduzir os casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti e proteger a população em 2025.

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