Deputado Alberto Neto ignora proteção de trabalhadores de Manaus e vota a favor da extinção da Justiça do Trabalho


 O deputado federal Alberto Neto (PL), atual candidato à prefeitura de Manaus, tem ganhado destaque não apenas por sua postura de críticas e propostas para a cidade, mas também por suas posições polêmicas no Congresso. Uma das mais preocupantes foi seu voto favorável à extinção da Justiça do Trabalho, defendendo que seus processos sejam absorvidos pela Justiça comum.

‘Reforma geral do Judiciário” é como o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) denomina a proposta de emenda à Constituição (PEC) que reuniu em março do ano passado, 66 assinaturas de parlamentares concordando com a proposta, entre eles a do deputado Alberto Neto.

Essa decisão coloca em risco os direitos dos trabalhadores, especialmente os mais vulneráveis. A Justiça do Trabalho, com sua expertise e celeridade, foi criada justamente para equilibrar as relações entre patrões e empregados. Submeter esses processos à Justiça comum significa lançar questões trabalhistas em um ambiente já saturado, sem a especialização necessária para lidar com a complexidade desse tipo de conflito.

A posição de Alberto Neto ignora as consequências diretas para milhares de trabalhadores manauaras, que poderão enfrentar ainda mais dificuldades para garantir seus direitos. Se na atual estrutura já existem desafios, com a extinção da Justiça do Trabalho, o cenário seria de maior lentidão, decisões menos favoráveis ao trabalhador e, possivelmente, um aumento na informalidade.

Como candidato a prefeito, a atitude do deputado não prioriza a proteção dos trabalhadores, mas sim a facilitação para grandes empregadores, que seriam menos pressionados a cumprir com as obrigações legais.

Alberto Neto precisa explicar à população de Manaus como pretende defender os interesses dos cidadãos, quando, em sua atuação como deputado, vota para enfraquecer os mecanismos que garantem justiça nas relações de trabalho.

A população trabalhadora de Manaus merece mais que discursos; precisa de comprometimento com seus direitos.

A proposta de extinguir a Justiça do Trabalho, apoiada por Alberto Neto, não representa essa proteção. Ao contrário, sinaliza um retrocesso que não pode ser ignorado.

 

 

Fonte: Gazeta Manauara  

Foto: Divulgação

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