Do pulso firme na engenharia à mobilidade urbana, mulheres são maioria entre servidores no Implurb
Participar da construção efetiva de projetos que mudam a dinâmica da cidade, lidando desde fiscalizações até licenciamentos e das diretrizes que dão contorno a uma Manaus metrópole, traz felicidade e extrema importância para a vida pessoal e profissional de mulheres à frente na Prefeitura de Manaus.
Celebrado em todo o mundo desde a sua oficialização pela Organização das Nações Unidas (ONU), na década de 70, o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, é uma data simbólica da luta histórica feminina para ter condições equiparadas ao masculino.
E o olhar feminino impera, em maioria, no Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), onde elas ocupam 58,1% dos postos – são 147 mulheres e 106 homens –, estando ainda à frente em 17, das 33 chefias (51,5%). E ainda são em maior número em 15 setores (54,5%) do total da autarquia.
“O Implurb não para nunca e é muito bom trabalhar aqui, com uma maioria de mulheres. E as pessoas estão sempre preocupadas umas com as outras e com o que desenvolvem para o planejamento urbano, para a construção da cidade”. A frase é da advogada Artemiza Souza e Souza Raphael, lotada hoje no gabinete da presidência e que está no órgão desde 2015, tendo entrado na área administrativa financeira.
Hoje, Artemiza, chamada carinhosamente de Miza, está grávida de 8 meses e vive todas as emoções de uma gestação, mantendo o foco na produção, contando os dias para o nascimento do seu maior presente, a pequena Serena. “Passei por algumas secretarias antes, como a de Mercados e Feiras e a de Limpeza, mas o Implurb é um órgão muito bom de trabalhar. E tem sido um período de muito aprendizado, algo novo, em um órgão de intensa produção. E o diretor-presidente Carlos Valente procura dar um bom ambiente de trabalho, profissional, de bem-estar, de equipamentos a sistemas, e se preocupa com as pessoas, além do que elas podem desenvolver na empresa pública”, disse Miza.
Para a mais nova futura mamãe do instituto, a resposta na gestão de pessoas é evidente nos resultados positivos, assertivos e em benefício da cidade. “E tem sido assim, junto com os ‘implurbianos’, uma experiência de vida rica. E além das competências no gabinete da presidência, também trabalho no secretariado do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano (CMDU), um colegiado que resolve assuntos urbanísticos mais sensíveis e complexos da cidade. No conselho, há 18 membros e uma variação de profissionais e formações, pessoas muito capacitadas e com conhecimento”, completou.
Engenharia
Tradicionalmente ocupada mais pelo universo masculino, a área da engenharia vem, ao longo das décadas, ganhando mais adeptas mulheres. Segundo dados do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (Confea), o percentual de mulheres registradas como engenheiras no Brasil era de 19,3% (199 mil engenheiras), do total de mais de 1 milhão no país.
E nestes 19,3% está a gerente de engenharia do Implurb, Marciléa Costa, no cargo desde 2021. Depois de um período no setor privado, Marciléia trabalhou na Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), onde adquiriu parte do conhecimento para desenvolvimento de projetos básicos. Mas foi no Implurb que ela alçou um voo maior desde as medições de obras até fiscalização na engenharia de grandes empreitadas assinadas pela autarquia, seus arquitetos e engenheiros.
“Tudo o que está no projeto básico se coloca na prática. Então, à frente da gerência, é preciso ter muito conhecimento, capacidade técnica e poder de decisão, além de ser firme na postura e manter sempre o respeito. A engenharia te proporciona enfrentar desafios todos os dias e é necessário ter sagacidade e rapidez para resolver as equações e dificuldades”, afirmou a profissional.
Para ela, ser mulher e engenheira, estando na dianteira de grandes projetos para a capital, é seu momento de mostrar que é capaz para enfrentar os desafios à frente da gerência. “Trabalhamos com um mundo de homens e é importante ter a capacidade de se impor no ambiente, de forma firme, mostrar o conhecimento técnico, a habilidade, a competência, o resultado e a confiança de que nasceu para ser gestora, sem fraquejar”, acrescentou Marciléa, completando que o “lugar da mulher é onde é onde ela quiser, tendo respeito e sendo respeitada”: “E para a justiça de gênero, é uma superação diária sempre ter mais mulheres nas chefias, gerências, no poder. A vida é uma boa combinação do feminino e do masculino, na justa proporção”.
Patrimônio
Zamar Baima de Melo está no órgão desde 1981, entrando como estagiária e depois sendo contratada como auxiliar de engenharia. Formada em administração, ela tem 43 anos de serviço público, tendo passado por diversos setores dentro do Implurb, fazendo de vistoria a atendimento técnico, atuando no setor de cálculo e no arquivo. E nos últimos 25 anos ela está lotada na Gerência de Mobilidade Urbana (GMU), setor onde, digamos, “nascem” os logradouros públicos da capital. Ela atua na atualização constante da base cartográfica da capital, incluindo e excluindo vias, ruas, alamedas, avenidas, becos e similares, além de realizar diversas análises do sistema viário. Lembrando que Manaus tem mais de 12 mil vias.
“Fiz a opção, durante uma reforma administrativa, de atuar na área técnica até porque sou administradora formada pela Ufam (Universidade Federal do Amazonas), mas sempre voltada para o planejamento urbano e nos projetos desenvolvidos pela prefeitura. Hoje, eu alimento, de forma sistemática, a base com os logradouros criados e os alterados a partir das intervenções na cidade”, explicou Zamar.
Ela se sente privilegiada e grata por ter a oportunidade de se dedicar diretamente, junto aos gestores, na construção de uma Manaus melhor, todos os dias.
Urbanismo
Criado há 21 anos, substituindo a antiga Empresa Municipal de Urbanização (Urbam), o Implurb é uma autarquia de caráter técnico, responsável pela definição das diretrizes do crescimento da cidade, sua ordenação e ocupação do solo, o uso dos espaços públicos e do controle da legislação em vigor, como o Plano Diretor de Manaus.
Com a ajuda do sexo feminino, o Implurb ganha poder para o desafio de executar resiliência em projetos para o uso coletivo, com sustentabilidade e funcionalidade, ao mesmo tempo que atua no controle e gestão urbana. E tudo com o apoio delas.
Fonte: Implurb
Foto: Divulgação
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