UEA monta estrutura para processamento de amostras no estudo CovacManaus
Local armazenará as coletas que serão enviadas semanalmente para o Instituto Butantan, em São Paulo
Com o objetivo de agilizar a análise de amostras de sangue extraídas de servidores no estudo CovacManaus, um laboratório de processamento foi montado na Escola Normal Superior da Universidade do Estado do Amazonas (ENS/UEA) especialmente para o projeto. O local reúne 12 especialistas em Biomedicina e Farmácia responsáveis por armazenar as coletas, que serão enviadas para sorologia no Instituto Butantan, em São Paulo.
O laboratório irá concentrar as coletas de sangue de trabalhadores com comorbidades vacinados no projeto e também daqueles que não receberam o imunizante (sem comorbidades), mas que participarão do estudo por meio da sorologia. Ao todo, 10 mil servidores da educação e segurança participarão da pesquisa.
A pesquisadora da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Gisely Melo, explicou que a estrutura existente na universidade foi equipada com aparelhos e insumos. A ideia é dar rapidez no processamento das coletas.
“É muito importante porque se a gente não tivesse esse laboratório aqui, tudo seria feito em outro local da cidade, e o processo seria muito maior. Assim que a gente recebe essa coleta, é feito o registro do volume coletado e processamento, cortando em volumes menores para quando ela (coleta) for congelada já esteja identificada”, disse a especialista.
Todas as coletas serão encaminhadas semanalmente para a FMT-HVD, e em seguida, destinadas ao Instituto Butantan, em São Paulo, que avaliará o desenvolvimento de anticorpos.
Pesquisa – O lançamento da pesquisa ocorreu nesta quinta-feira (18/03) com transmissão nas redes sociais, reunindo representantes da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e Fiocruz. Os procedimentos de vacinação começaram no mesmo dia, na Escola Normal Superior da UEA, e vão até abril. O estudo sobre os impactos da vacina neste grupo deve durar um ano.
A pesquisa, batizada de CovacManaus, visa identificar se a aplicação da CoronaVac em pessoas com comorbidades terá impacto na prevenção de formas mais graves da doença na capital amazonense, onde predomina a variante P.1 do vírus. Aqueles que não possuem comorbidades também poderão participar da pesquisa por meio da sorologia.
Doses – O Governo do Amazonas recebeu, na manhã de quarta-feira (17/03), 10 mil doses da vacina CoronaVac para uso na pesquisa CovacManaus. As doses serão aplicadas em duas fases, alcançando 5 mil pessoas com comorbidades. O Estado, por meio da Fapeam, investiu R$ 2 milhões na pesquisa.
FOTOS: Arthur Castro/Secom
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