Acessibilidade na escola: rede estadual do AM investe em metodologia inovadora e inclusiva
Secretaria de Educação conta com quatro unidades especiais, somente em Manaus
Nesta segunda-feira (21/09), é celebrado nacionalmente o Dia de Luta pelo Direito das Pessoas com Deficiência. Porém, o enfrentamento pela inclusão, conscientização e contra o preconceito com pessoas que apresentam algum tipo de deficiência (física, sensorial ou intelectual), transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação é uma atividade diária na rede pública estadual de ensino do Amazonas.
Atualmente, a Secretaria de Estado de Educação e Desporto conta com quatro escolas especiais, destinadas somente aos alunos público-alvo da Educação Especial. São elas: Escola Estadual (EE) Augusto Carneiro dos Santos, voltada a estudantes com deficiência auditiva, surdos e surdocegos; EE Joanna Rodrigues Vieira, específica para alunos com deficiência visual; EE Manoel Marçal de Araújo, destinada a estudantes com deficiência intelectual, autismo ou com paralisia cerebral; e EE Diofanto Vieira Monteiro, que atende alunos com deficiência intelectual, síndrome de Down e autismo.
Fora essas unidades, a rede estadual possui ainda a EE Mayara Redman Abdel Aziz, uma escola de atendimento específico que não se destina à escolarização dos alunos e, sim, ao apoio e fortalecimento à inclusão dos estudantes público-alvo da Educação especial – ou seja, ao invés de certificar, ela estimula as habilidades e apóia o desenvolvimento pedagógico dos alunos.
“A Secretaria de Educação atua atendendo aos preceitos de uma escola em que cada aluno tem a possibilidade de aprender, a partir de suas potencialidades e capacidades, onde cada aluno aprende de forma diferente. O respeito às diferenças é essencial para a boa, e efetiva, prática educacional”, afirma o secretário de Estado de Educação e Desporto, em exercício, Luis Fabian Barbosa.
Apoio – Aliados a uma equipe de professores altamente capacitados, essas unidades especiais apresentam uma série de projetos e ações norteados por um único objetivo: disponibilizar, a todos, uma educação de qualidade. Uma dessas ferramentas é a sala de recursos multifuncionais, organizada na própria unidade e que dispõe de um profissional especializado e materiais pedagógicos adaptados para complementar e suplementar a aprendizagem do estudante.
Nesses espaços, o aluno se depara com estratégias de ensino inovadoras, centradas em um novo fazer pedagógico que favorece a construção para acesso pleno do estudante ao currículo e à participação da vida escolar. “Os professores [que atuam nessas salas] são responsáveis por sensibilizar a equipe escolar e preparar o ambiente para receber o público-alvo da Educação Especial, além de buscarem, incansavelmente, alternativas de soluções pedagógicas que auxiliem pais, alunos e demais educadores”, acrescentou Luis Fabian.
Outro apoio à rotina do estudante público-alvo da educação especial fica por conta do professor auxiliar da vida escolar. Esse profissional trabalha a fim de melhorar o processo de aprendizagem do aluno, adaptando materiais, desenvolvendo metodologias específicas, acompanhando o estudante nos espaços da unidade e o assistindo nos processos de higienização, locomoção e alimentação, dentre outras atribuições. Todos os alunos que apresentam graves transtornos do desenvolvimento, comprovados por meio da análise do parecer pedagógico do estudante, têm direito a um professor auxiliar da vida escolar.
“Entendemos o dinamismo do dia a dia na escola e compreendemos a necessidade de um profissional que auxilie individualmente aqueles estudantes com condições específicas. É fundamental que esse aluno não se sinta desamparado em nenhum momento da sua jornada escolar”, reforçou o secretário de Educação em exercício.
Pioneira – Reinaugurada em 2017, a EE Mayara Redman Abdel Aziz foi a primeira do Estado a trabalhar com terapia da integração sensorial, técnica de tratamento utilizada principalmente para criar estímulos apropriados em crianças com autismo; e ensino estruturado, que consiste em ensinar técnicas comportamentais e métodos da Educação Especial.
A unidade oferece toda a estrutura necessária para o conforto e desenvolvimento educacional dos seus alunos, como biblioteca, quadra esportiva coberta, laboratório de Informática, auditório e pátio descoberto, onde são desenvolvidas atividades que buscam estimular as habilidades que muitos estudantes têm – mas, por falta de acessibilidade, nunca desenvolveram.
A escola atende a alunos surdos, cegos, superdotados e com deficiências múltiplas e intelectuais. “Nela, os estudantes têm acesso a convivência social, avaliação multiprofissional, adaptação de materiais e produção de materiais adaptados”, completou Luis Fabian.
Junto à assistência oferecida aos alunos, a EE Mayara Redman Abdel Aziz promove ainda formação de profissionais e atendimento à família dos estudantes.
Números – Ao todo, a Secretaria de Educação possui 5.348 estudantes público-alvo da Educação Especial matriculados, sendo 2.955 somente na capital. No interior, os 2.393 alunos desse grupo têm acesso às mesmas ferramentas e vantagens das escolas especiais, adaptadas, nesse caso, à estrutura das unidades regulares da rede.
Cartilha – Com o objetivo de orientar, explicar e sanar dúvidas referentes à inclusão do público-alvo da Educação Especial, a Secretaria de Educação elaborou a Cartilha da Educação Especial. O documento está disponível no site oficial da pasta, por meio do link: https://bit.ly/33FlYiP.
FOTOS: Divulgação
Mais informações: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Educação e Desporto: imprensa@seduc.net.
Nenhum comentário