Em 78 dias, serviço de remoção viabilizou a transferência de 1.888 pacientes de Covid-19 e SRAG
Em 78 dias, o Sistema de Transferência de Emergência Regulada (Sister) da Secretaria de Estado de Saúde (Susam) promoveu a transferência de 1.888 pacientes em estado grave, suspeitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e Covid-19, entre unidades de saúde da capital e de unidades do interior para Manaus. Os dados compreendem o período de 25 de março a 11 de junho.
O Sister é o sistema utilizado pela Susam para regular a transferência de pacientes graves para unidades de urgência e emergência. Criada há um ano, a ferramenta tem sido fundamental para garantir a remoção, em tempo hábil, de pacientes que precisam de atendimento de alta complexidade para as unidades de referência da capital durante a pandemia do novo coronavírus.
Os números mostram que a média no período foi de 24 transferências por dia. Das 1.888 transferências, 1.447 eram de pacientes internados em Manaus, que precisaram ir para outra unidade da capital com melhor suporte para o quadro de saúde. Do interior, a Susam garantiu no mesmo período 441 transferências para hospitais da capital.
Hospitais de destino – Durante a pandemia, o Governo do Amazonas definiu os hospitais Delphina Aziz, na zona norte de Manaus, e o Hospital de Combate ao Covid-19, na zona centro-sul da capital, como as unidades de referência para o atendimento de pacientes graves com suspeita ou diagnóstico de SRAG e Covid-19, assim como o hospital de campanha municipal Gilberto Novaes, na zona norte, instalado e administrado pela Prefeitura de Manaus.
Por essa razão, os dois hospitais do Estado e o da Prefeitura foram os que mais receberam pacientes transferidos de outras unidades no período. O Delphina Aziz recebeu 1.160 pacientes; o Hospital de Combate, 318; e a unidade da Prefeitura de Manaus, 134.
Tipos de transporte – Das 441 transferências feitas do interior para Manaus, 43,31% foram de UTI aérea, sendo 37,64% feitos pelo serviço do Estado e 5,67% de serviços próprios dos municípios; 50,34% foram por transporte sanitário terrestre; e 6,35%, por transporte fluvial.
O período de maior volume de transferências via transporte aéreo foi na segunda quinzena de maio. A média diária foi de quatro remoções por dia. No dia 29 daquele mês, dez pacientes foram transferidos em UTI aérea do interior para Manaus. O Governo do Estado dobrou o número de aeronaves para o serviço, passando de três para seis, sendo metade exclusiva para pacientes de Covid-19.
Na capital, 64,09% das remoções de ambulância foram feitas pelo serviço da rede estadual de saúde e 13,35% pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O restante por serviço próprio da rede privada.
Municípios – Os municípios que mais tiveram pacientes transferidos para Manaus foram Manacapuru (58), Itacoatiara (53), Parintins (44), Tabatinga (37) e Iranduba (33). Dos 61 municípios do interior, 39 transferiram pacientes para Manaus. São eles: Juruá, São Paulo de Olivença, Japurá, Maraã, Carauari, Urucurituba, Alvarães, Boa Vista do Ramos, Beruri, Barreirinha, Boca do Acre, Itapiranga, Novo Airão, Silves, Barcelos, Urucará, Tapauá, Coari, Novo Aripuanã, São Sebastião do Uatumã, Anori, Rio Preto da Eva, Manaquiri, Codajás, Maués, Borba, Caapiranga, Careiro Castanho, Santo Antônio do Içá, Presidente Figueiredo, Tefé, Nova Olinda do Norte, São Gabriel da Cachoeira, Autazes, Iranduba, Tabatinga, Parintins, Itacoatiara e Manacapuru.
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