Cruzeiro e Ceará travam um duelo particular contra a última vaga dos rebaixados à Série B 2020. Concorrem em pontos e quase se igualam na sequência de erros e tropeços nas próprias pernas. Nas últimas duas rodadas, os resultados ruins do Ceará encheram o torcedor celeste de esperança. Uma vitória contra Vasco ou Grêmio (os dois primeiros jogos de Adilson Batista) faria o time sair do Z-4 e voltar a depender só dele. Não veio nenhuma. Não veio nenhum ponto. Foram duas derrotas, e o Cruzeiro vai para a última rodada precisando de um milagre.
Já são oito jogos seguidos sem vitória (quatro empates e quatro derrotas), e a distância para o time cearense segue de dois pontos. Como tem três vitórias a menos, não basta ao Cruzeiro igualar o adversário em pontuação. Precisa ultrapassar. E só uma combinação de resultados faz isso ser possível: vitória celeste sobre o Palmeiras acompanhada de vitória do Botafogo sobre o Ceará. Os dois jogos são no domingo, às 16h (de Brasília).
O principal problema do Cruzeiro, neste momento, não é o Palmeiras, que ainda pode terminar o campeonato em segundo lugar, goleou o Goiás nessa quinta-feira e tem um elenco recheado de alternativas. Também não é o Ceará, rival direto na luta contra a degola. Também não é o Botafogo, adversário do Vozão na última rodada (que faz campanha irregular neste Brasileirão). O principal oponente do Cruzeiro é ele mesmo.
O time não consegue jogar. Contra o Grêmio, é bem verdade, teve algumas oportunidades quando o jogo ainda estava empatado em 0 a 0. Mas a fase é péssima e parece interminável. Nada dava certo (de novo), o tempo passava, Adilson Batista tomou uma decisão arriscadíssima: fez a terceira e última substituição (Orejuela por Ezequiel) aos 12 minutos do segundo tempo. Faltava mais de meia hora de jogo. Um minuto depois, Robinho quase fez um gol, mas parou no corte da defesa gremista e, "de quebra", sofreu uma lesão grave no lance, deixando o Cruzeiro com um a menos até o fim.
Foto: Vinícius Costa/BP Filmes
Fonte: Globoesporte.com