O câncer de tireoide é o mais comum da região da cabeça e pescoço e afeta três vezes mais as mulheres do que os homens. O procedimento para a retirada do nódulo é a cirurgia, que deixa uma cicatriz no pescoço – de 5 a 15 cm –, dependendo do tamanho do tumor. Esteticamente, a cicatriz incomoda homens e mulheres, principalmente os que têm problemas de cicatrização.
Na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) os pacientes já contam com uma cirurgia inovadora que “não deixa a cicatriz”, de acordo com o diretor técnico-científico, Marco Antônio Cruz Rocha. Ele ressalta que a Fundação é o primeiro hospital do estado e da região Norte a oferecer a TOETVA (tireoidectomia endoscópica transoral por acesso vestibular).
Critérios – Segundo Bindá, para ser submetido ao novo procedimento é preciso que o nódulo tenha até 3 cm, esteja localizado em apenas um dos lados da tireoide e tenha uma anatomia favorável. “Nódulos maiores inviabilizam a retirada pela região vestibular da boca”, lamenta.
Tireoide – É uma glândula localizada na região anterior baixa do pescoço, e um nódulo no local não é indicação de câncer. Entretanto, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a ocorrência de nódulo tireoidiano em pacientes com história de irradiação prévia do pescoço (que já foram submetidos à radioterapia) ou história familiar de câncer da tireoide é considerado suspeito.
Bindá diz que há o mito dos hormônios femininos para justificar a prevalência maior entre as mulheres, o que é uma inverdade. Ele esclarece que a maioria dos nódulos é benigno, mas entre 5% e 10% são malignos.
Atendimentos – O serviço de Cabeça e Pescoço da FCecon realizou, no período de janeiro a setembro deste ano, mais de 2.902 consultas ambulatoriais e 327 cirurgias. Segundo o médico especialista, os casos de câncer de tireoide são a maior demanda do serviço.
“Os casos de câncer de tireoide que chegam à Fundação estão em fase inicial, devido ao acesso da população aos meios de diagnóstico. Trata-se de um câncer que não é tão agressivo em relação aos outros. Assim, a mortalidade é baixa quando diagnosticado no começo”, disse Bindá.
FOTOS: Luís Mansueto (Fábio Bindá), Fábio Bindá (Cirurgia tireoide) e Divulgação/FCecon (Cirurgia tireoide_2)
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