Wilker se cala sobre rombo deixado por ex-aliado Amazonino, que teve contas reprovadas pelo TCE


Em discurso na Assembleia Legislativa (Aleam), hoje, o deputado estadual Wilker Barreto (PHS) disse que o atual governo, em apenas seis meses de mandato, quebrou as finanças do Estado. O deputado só esqueceu que, até o ano passado, era aliado do ex-governador Amazonino Mendes, que entregou o Estado com dívidas em praticamente todas as áreas e deixou um orçamento para 2019, para o pagamento do funcionalismo público, inferior ao de 2018. Amazonino foi o único governador da história do Amazonas a ter as contas reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) ao final de um exercício.

Amazonino Mendes foi responsável por meses de atrasos no pagamento de cooperativas médicas que prestam serviços nos hospitais do Amazonas, o que colocou o Executivo Estadual em uma situação delicada diante da categoria e também da população. Mesmo com uma gestão deficitária na área, e alegando que a saúde estava às mil maravilhas, Mendes recebeu o apoio incondicional de Wilker.

Relatório apresentado pela equipe de transição do Governo, ainda em janeiro deste ano, elaborado com a participação de representantes do ex-governador Amazonino Mendes, mostra que a atual administração recebeu o Estado com dívidas e déficit no orçamento da ordem de R$ 2,3 bilhões. Só em dívidas, o Estado acumulava no final de outubro um total de R$ 857 milhões, a maior parte na área da saúde, de mais de R$ 500 milhões, sendo mais de R$ 180 milhões só com cooperativas médicas.

De acordo com o orçamento deixado pelo Governo passado, o ano de 2019 já começou com menos R$ 600 milhões em caixa para a folha de pagamento, isso sem contar os reajustes de salário aprovados em 2018 para serem pagos este ano, desconsiderando, por exemplo, os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

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