Segundo Witzel, foi a maior apreensão de armas e drogas da história
As polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro
apreenderam em operação conjunta nesta quinta-feira (18) 8,5 toneladas de
drogas, entre cocaína, pasta de cocaína, maconha, haxixe e skank; 30 armas,
sendo 23 fuzis, duas metralhadoras, duas espingardas 12 milímetros, uma
submetralhadora Ina, uma pistola e um revólver, além de 75 granadas.
Segundo o governador do estado, Wilson Witzel,
foi a maior apreensão de armas e drogas da história do estado. “O recado está
dado. Não enfrente a polícia. Se enfrentar a polícia só há dois caminhos: será
preso ou morto. Nós não teremos leniência. Não teremos piedade com quem não tem
respeito com o ser humano alheio. Não tem respeito com a sociedade e com nossos
policiais”, disse o governador em coletiva à imprensa para divulgar os dados da
ação.
A operação, que ocorreu no Complexo da Maré,
zona norte do Rio, ainda resultou em cinco prisões e na morte de um homem em
confronto com a polícia.“Isso aqui é o resultado da operação singular das
forças de segurança do próprio estado. É maior apreensão da história realizada
por polícia civil e militar de qualquer estado brasileiro”, ressaltou Witzel.
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, apresenta fuzis e munição
apreendidos em paiol do tráfico de drogas, resultado de operação
conjunta das polícias Civil e Militar no Complexo da Maré.
Terroristas
O governador classificou de “terroristas” os
traficantes que comandam o tráfico de drogas na região, onde o material foi
encontrado em dois paióis, um na comunidade Nova Holanda e outro no Parque
União, os dois no Complexo da Maré.
“Essas armas que aqui estão não são armas
utilizadas por pessoas que moram na comunidade e que são trabalhadoras. Não são
armas usadas por pretos, pobres e favelados.
São armas usadas por terroristas
que utilizam a comunidade como escudo, que utilizam o poder de fogo bélico e
estão sendo patrocinados por cartéis internacionais. Felizmente, aqui no Rio de
Janeiro a facilidade com que se andava com fuzil e se permitia a entrada de
drogas chegou ao fim”, afirmou, agradecendo o apoio da Polícia Rodoviária
Federal (PRF) pela parceria na operação.
Apesar de reconhecer que a privacidade é
protegida pela Constituição, salvo quando a lei determina o contrário, Witzel
justificou que dado o tipo de operação de hoje, quando é muito grande a
possibilidade de se encontrar armas e drogas em qualquer residência, não há
necessidade de mandado de busca e apreensão. Segundo ele, a situação em
flagrante permite que durante o dia se faça a busca e apreensão independente de
mandado.
O governador acrescentou que muitos moradores
colaboram com a atuação da polícia no trabalho de varredura, mas destacou que
outros acabam se calando com medo do tráfico.
“Ainda que o morador não queira,
o tráfico exige que ele guarde o armamento.
Os moradores muitas vezes não vão
querer colaborar porque o tráfico está obrigando eles, e se colaborarem [com a
polícia] serão mortos. Em operação como essa, mandados de busca e apreensão se
tornam inexequíveis diante da falta de endereço e de números certos. Havendo
uma situação de risco, em que várias casas podem, possivelmente, ser depósitos
de armas e drogas, independente da vontade do morador, a busca e apreensão
independente de mandado é uma necessidade que o próprio Código de Processo
Penal autoriza. Não vejo aí nenhum tipo de violação à legalidade”, concluiu.
Operação
A operação de hoje começou a ser preparada há
duas semanas com a integração dos serviços de inteligência das polícias civil e
militar. O delegado titular da Delegacia Especializada em Armas, Munições e
Explosivos (DESARME), Marcus Amin, adiantou que o trabalho integrado continua e
em breve deve haver a deflagração de uma nova fase da operação, que pode
resultar em quantidade maior de armas e drogas.
Para ele, a apreensão desta quinta-feira, vai
representar um baque na principal facção que atua no Rio de Janeiro. “Quando se
apreende uma grande quantidade de uma liderança só, acaba fazendo com que ela
diminua a sua área de atuação”, apontou Amin.
Conforme Amin, o armamento e as drogas
apreendidas pertenciam aos traficantes Miro, da Nova Holanda e Mário Bigode, do
Parque União. Os dois estão foragidos. De acordo com o delegado, Miro tinha
intenção de usar o armamento para ocupar áreas de São João de Meriti, na
Baixada Fluminense.
Na operação, foi preso Adriano Cruz de
Oliveira, conhecido como Adriano Gordinho. Ele é apontado como o segundo homem
na hierarquia do tráfico de drogas na comunidade Parque União e principal
aliado do chefe do tráfico local, conhecido como Alvarenga.
Adriano é condenado a mais de 35 anos de
prisão e estava foragido da justiça.
“As armas funcionavam como uma reserva
técnica”.
Segundo o comandante do Batalhão de Ações com
Cães (BAC), tenente-coronel Rafael Sepúlveda, as apreensões de drogas
realizadas pela unidade este ano já ultrapassaram 10 toneladas, próximo do que
foi alcançado em todo o ano passado, quando o BAC apreendeu 13,2 toneladas. Na
operação foram empregados 40 policiais civil e 120 militares, com o auxílio de
4 cães.
Mestre de bateria
O governador comentou ainda a morte do mestre
de bateria da escola de samba Unidos da Vila Rica, Alexandre Duarte, ferido no
peito quando subia a Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, zona sul do Rio. Os
moradores dizem que Alexandre foi morto em disparos feitos por policiais
militares, mas a corporação nega e diz que foram tiros vindos de criminosos.
Witzel garantiu que a apuração será feita e, caso seja comprovado que o autor
do disparo foi um policial, ele será punido. “Nós não temos bandido de
estimação. A delegacia de homicídios vai investigar com rigor, se há policial
envolvido vai ser preso, vai ser expulso da polícia. Nós não temos leniência
nem com traficante e nem com policial que não respeita os limites da sua
atuação”.
Terroristas
O governador classificou de “terroristas” os
traficantes que comandam o tráfico de drogas na região, onde o material foi
encontrado em dois paióis, um na comunidade Nova Holanda e outro no Parque
União, os dois no Complexo da Maré.
“Essas armas que aqui estão não são armas
utilizadas por pessoas que moram na comunidade e que são trabalhadoras. Não são
armas usadas por pretos, pobres e favelados. São armas usadas por terroristas
que utilizam a comunidade como escudo, que utilizam o poder de fogo bélico e
estão sendo patrocinados por cartéis internacionais. Felizmente, aqui no Rio de
Janeiro a facilidade com que se andava com fuzil e se permitia a entrada de
drogas chegou ao fim”, afirmou, agradecendo o apoio da Polícia Rodoviária
Federal (PRF) pela parceria na operação.
Apesar de reconhecer que a privacidade é
protegida pela Constituição, salvo quando a lei determina o contrário, Witzel
justificou que dado o tipo de operação de hoje, quando é muito grande a
possibilidade de se encontrar armas e drogas em qualquer residência, não há
necessidade de mandado de busca e apreensão. Segundo ele, a situação em
flagrante permite que durante o dia se faça a busca e apreensão independente de
mandado.
O governador acrescentou que muitos moradores
colaboram com a atuação da polícia no trabalho de varredura, mas destacou que
outros acabam se calando com medo do tráfico. “Ainda que o morador não queira,
o tráfico exige que ele guarde o armamento. Os moradores muitas vezes não vão
querer colaborar porque o tráfico está obrigando eles, e se colaborarem [com a
polícia] serão mortos. Em operação como essa, mandados de busca e apreensão se
tornam inexequíveis diante da falta de endereço e de números certos. Havendo
uma situação de risco, em que várias casas podem, possivelmente, ser depósitos
de armas e drogas, independente da vontade do morador, a busca e apreensão
independente de mandado é uma necessidade que o próprio Código de Processo
Penal autoriza. Não vejo aí nenhum tipo de violação à legalidade”, concluiu.
Operação
A operação de hoje começou a ser preparada há
duas semanas com a integração dos serviços de inteligência das polícias civil e
militar. O delegado titular da Delegacia Especializada em Armas, Munições e
Explosivos (DESARME), Marcus Amin, adiantou que o trabalho integrado continua e
em breve deve haver a deflagração de uma nova fase da operação, que pode
resultar em quantidade maior de armas e drogas.
Para ele, a apreensão desta quinta-feira, vai
representar um baque na principal facção que atua no Rio de Janeiro. “Quando se
apreende uma grande quantidade de uma liderança só, acaba fazendo com que ela
diminua a sua área de atuação”, apontou Amin.
Conforme Amin, o armamento e as drogas
apreendidas pertenciam aos traficantes Miro, da Nova Holanda e Mário Bigode, do
Parque União. Os dois estão foragidos. De acordo com o delegado, Miro tinha
intenção de usar o armamento para ocupar áreas de São João de Meriti, na
Baixada Fluminense.
Na operação, foi preso Adriano Cruz de
Oliveira, conhecido como Adriano Gordinho. Ele é apontado como o segundo homem
na hierarquia do tráfico de drogas na comunidade Parque União e principal
aliado do chefe do tráfico local, conhecido como Alvarenga.
Adriano é condenado a mais de 35 anos de
prisão e estava foragido da justiça.
“As armas funcionavam como uma reserva
técnica”.
Segundo o comandante do Batalhão de Ações com
Cães (BAC), tenente-coronel Rafael Sepúlveda, as apreensões de drogas
realizadas pela unidade este ano já ultrapassaram 10 toneladas, próximo do que
foi alcançado em todo o ano passado, quando o BAC apreendeu 13,2 toneladas. Na
operação foram empregados 40 policiais civil e 120 militares, com o auxílio de
4 cães.
Mestre de bateria
O governador comentou ainda a morte do mestre
de bateria da escola de samba Unidos da Vila Rica, Alexandre Duarte, ferido no
peito quando subia a Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, zona sul do Rio. Os
moradores dizem que Alexandre foi morto em disparos feitos por policiais
militares, mas a corporação nega e diz que foram tiros vindos de criminosos.
Witzel garantiu que a apuração será feita e, caso seja comprovado que o autor
do disparo foi um policial, ele será punido. “Nós não temos bandido de
estimação. A delegacia de homicídios vai investigar com rigor, se há policial
envolvido vai ser preso, vai ser expulso da polícia. Nós não temos leniência
nem com traficante e nem com policial que não respeita os limites da sua
atuação”.
Fonte: Agência
Brasil
Foto: Fernando
Frazão
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