Prefeita de Pauiní é acusada de desviar verbas da Educação no interior do Amazonas

Pauini - A denúncia apresentada à  Câmara dos Vereadores contra a gestão da atua prefeita do município sobre supostos desvios nas verbas da Educação possui diversos documentos, e de diferentes órgãos, que apontam uma série de irregularidades envolvendo o Fundeb - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica. O documento alega que a prefeita Eliana de Oliveira Amorim (PMDB) estaria utilizando os fundo para o pagamento de funcionários-fantasma que foram contratados sem passar por processo seletivo.
Uma notificação do Conselho do Fundeb apontou em fevereiro de 2018 que a contratação inadequada de funcionários estava custando mais de R$ 109 mil mensais da verba do Fundeb. Desde o início do mandato, a prefeita já recebeu aproximadamente R$ 23 milhões do Fundo para auxiliar na Educação do município.
Escolas em estado de emergência
O problema com as escolas do município não é recente. Em 2017, o MPF - Ministério Público Federal - enviou uma recomendação pedindo que fossem adotadas medidas emergenciais para melhorar a educação no município.
De acordo com os relatórios da vigilância sanitária, as instituições de ensino precisam de reformas urgentes nos banheiros, cozinhas, sistema de esgoto, aparelhos de ar-condicionado e sistema elétrico, por apresentar risco às crianças.
O relatório também afirma que na Escola Municipal Rubens Pereira de Menezes não há local adequado para lavar a louça, que fica exposta no chão da instituição. Na Escola Municipal Dona Ivany há acúmulo de lixo nas dependências, o que serve como criadouro para mosquitos.
A Creche Lar de Jesus possui apenas um banheiro para atender as necessidades de 100 alunos por turno todos os dias e, assim como as duas escolas anteriores, não possui extintor de incêndio.
Em abril de 2018, a prefeita assinou um termo de compromisso com o sindicato de professores do município, se comprometendo a reformar as escolas em estado de risco e pagar o reajuste retroativo dos professores, mas até o momento não cumpriu nenhuma das medidas do documento.
A reportagem entrou em contato com a prefeitura do município de Pauini, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.

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